Cantagalo – Casa de Amélia Thomaz


A Casa de Amélia Thomaz em Cantagalo-RJ foi tombada por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Cantagalo-RJ
Nome Atribuído: Casa onde Residiu a Poetisa e Professora Amélia Thomaz
Localização: R. Chapot Prevost, n° 89 – 1o Distrito – Cantagalo-RJ
Resolução de Tombamento: Lei n° 147, de 16 de agosto de 1993

Descrição: Tanto Acácio Ferreira Dias quanto Amélia Thomaz são importantes vultos da terra cantagalense. Ela, por sua obra como professora, poetisa e jornalista; ele, como jornalista, político e historiador. Ambos ocupam lugar de destaque na vida do município, tendo sido homenageados dando-se seus nomes a importantes estabelecimentos culturais: Biblioteca Municipal Acácio Ferreira Dias e Centro Cultural Amélia Thomaz.
Fonte: nitcult.

Histórico do município: Uma das primeiras referências oficiais à região, na qual surgiria posteriormente o arraial de Cantagalo, data de 1767, quando as autoridades coloniais ordenam ao Sargento-Mor Manoel Vieira Leão, a confecção de uma carta geográfica. A ignorância sobre tudo o que encerrava as vertentes da serra da Boa Vista em direção ao Rio Paraíba do Sul, bem como o território compreendido entre os seus afluentes Paquequer e Grande era tal, que se limitaria o militar a inscrever na grande extensão, hoje ocupada por quinze municípios, uma frase tão singela quanto imprecisa: “Sertão Ocupado por Índios Brabos”. É possível que Vieira Leão se referisse aos índios Coroados, bem como a remanescentes de tribos que, premidas pelas frentes de ocupação oriundas de Campos dos Goytacazes deslocavam-se para o médio Paraíba.
A região se mantivera fechada aos europeus por quase todo o século XVIII por força de cartas régias, as quais objetivando coibir o contrabando aurífero de Minas Gerais, interditavam a abertura de novas estradas e estabeleciam áreas proibidas à ocupação. Os Sertões do Leste, correspondente a zona da mata mineira, e os Sertões do Macacu, na província fluminense, eram duas delas.
Em torno de 1780, no entanto, um garimpeiro de nome Manoel Henriques, por alcunha Mão de Luva, provavelmente natural de Minas Gerais, atravessa o Rio Paraíba do Sul, invadindo o território interditado com objetivo de garimpar ouro de aluvião sem recolher a quinta parte, por lei exigida pela coroa.
[…]

Em 1784, organiza-se a primeira expedição contra Mão de Luva e seu bando, comandada pelo Sargento-mor Pedro Afonso Galvão de São Martinho. Tiradentes, como alferes, fazia parte do destacamento, incumbido da realização de levantamentos topográficos. Uma segunda expedição, em 1786, lograria finalmente capturar o contrabandista, referido como “facinoroso” pelas autoridades coloniais. Ele, juntamente com um irmão e vários asseclas, seria levado a julgamento em Vila Rica, escravos e ouro apreendidos e o acampamento arrasado.
[…]

Uma vez devassado clandestinamente o território, decidiria a coroa por autorizar o seu povoamento, esperançosa de que o novo descoberto viesse a compensar a decadência observada nas jazidas mineiras. O vice-rei D. Luiz de Vasconcellos e Souza, ordenou desta forma ao Superintendente Geral do Ouro da Capitania do Rio de Janeiro, desembargador Manoel Pinto da Cunha e Souza, que se dirigisse ao local, erguesse uma sede administrativa do novo garimpo, promovendo em seguida a distribuição de datas auríferas aos interessados em explora-las, os quais, para tal, deveriam possuir doze escravos ou mais.
Manoel Pinto da Cunha e Souza, munido de atribuições que lhe conferiam a condição de autoridade máxima, chega ao destino em 2 de junho de 1787, juntamente com um séqüito de militares, pároco e agentes administrativos. Na falta de melhor sítio, instala-se exatamente no antigo local do acampamento destruído, edificando as primeiras construções, entre as quais a casa do Registro do Ouro. Ordena ele preliminarmente que se proceda a uma prospecção nos córregos da Lavra Velha, atual córrego das Lavrinhas e do Canta Gallo, atual córrego São Pedro, iniciando ao longo dos mesmos a distribuição das terras. Este primeiro administrador morreria em 1799, sem que o ouro arrecadado sequer igualasse as despesas administrativas.
[…]

Em 1814, cessada a febre do ouro, mas tendo início o incremento do café, o “arraial e distrito das Novas Minas de Cantagallo” assume importância crescente, sendo elevado, através de alvará do príncipe regente D. João, datado de 9 de março, à condição de vila, sob o nome de “São Pedro de Cantagallo”, emancipando-se, pois, de Santo Antônio de Sá. Esta última, antiga sede de vasto município que se estendia da baía de Guanabara até os limites com Minas Gerais, poucos anos depois mergulharia em um processo de irreversível decadência, até que dela não restasse mais que as magníficas ruínas de um mosteiro a poucos quilômetros da atual cidade de Itaboraí.
A primeira Câmara Municipal de Cantagalo seria inaugurada em 1815, erigindo-se então o pelourinho no largo do Rossio, descampado situado em frente à velha igreja, em área que difere poucos metros da localização do templo atual, este com data de 1870. Em 1818 o município de Cantagalo sofreria seu primeiro desmembramento, uma vez que D. João VI aparta-lhe uma vasta região junto a serra da Boa Vista, para a instalação no ano seguinte de uma colônia suíça. Em 1824, os arraiais de Aldeia de Pedra e São Fidélis, anteriormente pertencentes a Campos dos Goytacazes e desde 1814 sob a jurisdição de Cantagalo, retornam ao município de origem.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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nitcult
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