Uberlândia – Igreja do Espírito Santo do Cerrado


Imagem: Prefeitura Municipal

A Igreja do Espírito Santo do Cerrado, em Uberlândia-MG, foi tombada por sua importância cultural.

IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
Nome atribuído: Igreja do Espírito Santo do Cerrado
Localização: Avenida dos Mognos, nº 355 – Jaraguá – Uberlândia-MG
Resolução de Tombamento: Homologado em 06 de maio de 1997
Livro do Tombo de Belas Artes
Livro do Tombo Histórico, das obras de Arte Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos

Prefeitura Municipal de Uberlândia-MG
Nome atribuído: Igreja do Espírito Santo do Cerrado
Localização: Avenida dos Mognos, nº 355 – Jaraguá – Uberlândia-MG
Decreto de Tombamento: Lei Municipal nº 5.207, de 27/02/1991

Descrição: A construção da Igreja do Espírito Santo do Cerrado foi de iniciativa dos freis franciscanos Egydio Parsi e Fulvio Sabia. Projeto de autoria da arquiteta italiana naturalizada brasileira Lina Bo Bardi (1914-1992), foi elaborado em 1975, executado com recursos provenientes de doação, em regime de mutirão no período de 1975 a 1981. A concepção da obra levou em conta a disponibilidade dos materiais adquiridos e a execução pela comunidade. As características construtivas integraram elementos do estilo paleo cristão com traços da cultura brasileira. Trata-se de um conjunto de três volumes circulares em terreno em declive e distribuído em platôs. A igreja, o maior dos volumes, possui um programa reduzidíssimo, composto apenas pela nave, altar, pia batismal, sacristia e torre. Dos três volumes, somente a Igreja mantém o uso original de culto religioso. Os padres seculares que ocuparam a igreja após a saída dos franciscanos, modificaram a função do claustro que foi transformado em Casa Paroquial. O Centro Comunitário encontra-se vedado com paliçada.
Fonte: Iepha.

Descrição: A Igreja do Espírito Santo do Cerrado, localizada na Avenida dos Mognos, 355, bairro Jaraguá, foi projetada em 1975 pela arquiteta Lina Bo Bardi a pedido do Frei Egydio Parisi e o Frei Fúlvio.

A Igreja foi construída em um sistema de mutirão, realizando-se, assim, um trabalho em conjunto entre arquiteto e mão-de-obra. De 1975 a 1981, Lina Bo Bardi esteve por diversas vezes em Uberlândia para dar prosseguimento à construção escolhendo os materiais, fazendo todos os detalhamentos in loco e, principalmente, trabalhando diretamente com mestres de obras e os operários locais. Na época foi constituído pelos moradores um “Conselho de Construção” e conseguiu-se uma ajuda substancial da organização alemã Adveniat, sediada em Essen.

A Igreja Espírito Santo do Cerrado constitui-se de um conjunto formado pelo espaço de celebração, a igreja propriamente dita, por uma residência para três religiosas, um salão e um campo de futebol. A implantação destes foi realizada através da execução de quatro platôs. Na realização desse projeto, foram utilizados materiais do próprio local, tais como tijolos de barro e a estrutura portante de madeira, em aroeira da região.

Restringiu-se o emprego do concreto armado apenas às partes essenciais da estrutura: pilares e vigas dos volumes circulares da igreja e da residência. O volume da Igreja é localizado na parte mais alta do relevo. Seu acesso se dá frontalmente à Avenida dos Mognos, por uma porta de madeira treliçada. O volume é constituído por um círculo, cuja estrutura do telhado é sustentada por oito pilares em madeira, dispostos regular e ortogonalmente.

A estrutura do volume apresenta vigas e pilares em concreto armado, aparentes na fachada, com fechamento externo em tijolinho também aparente. Nas paredes internas é visível massa e pintura na cor branca, aplicadas em uma intervenção posterior. O piso é realizado em pedra portuguesa, com pintura na cor rosa, com corredor central com piso com pintura branca e moldura em toda a extensão da circunferência na cor preta. A Igreja não possui forro, ficando aparentes a estrutura do telhado em madeira e o revestimento em telhas capa-e-canal.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: A Fazenda São Francisco foi sede da Sesmaria de João Pereira da Rocha, o primeiro morador a fixar residência nesta região no início do século XIX, por volta de 1818. A cidade de Uberlândia se formou em terras desmembradas desta família.

Por volta de 1835, chegaram os irmãos Luiz, Francisco, Antônio e Felisberto Carrejo, que compraram de João Pereira da Rocha as terras para formar as respectivas propriedades: Olhos D’Água, Lage, Marimbondo e Tenda. Ainda hoje elas permanecem na zona rural do município.

Felisberto Alves Carrejo construiu em sua fazenda uma tenda de ferreiro para abrigar as suas atividades profissionais, por isso, sua propriedade ficou conhecida por “Tenda”. Apesar das benfeitorias feitas no local, Felisberto transferiu sua residência para 10 alqueires de terra de cultura, nas imediações do Córrego Das “Galinhas” (Avenida Getúlio Vargas), adquiridos de Dona Francisca Alves Rabelo, viúva de João Pereira da Rocha. Nesta ocasião, esta porção de terra, atualmente Bairro Tabajaras, já era habitada por um pequeno número de pessoas.

Uberlândia é uma cidade que, como muitas, nasceu no entorno de uma capela. Como símbolo de uma comunidade que se pretendia organizada e civilizada, os moradores pediram ao Bispado a permissão para a construção de uma Capela Curada, a ser dedicada à Nossa Senhora do Carmo. Desta forma, construída em adobe e barro nas suas formas mais simples em termos arquitetônicos, ela foi idealizada em 1846.

Para viabilizar a sua construção, os procuradores da obra entraram em entendimento com D. Francisca Alves Rabelo e dela adquiriram, pela quantia de quatrocentos mil réis, cem alqueires de terras de cultura e campo, entre os Córregos Das Galinhas e São Pedro. Todo o Patrimônio foi doado a Nossa Senhora do Carmo e, atualmente, corresponde à parte central da cidade de Uberlândia. O Arraial recebeu então o nome de Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião da Barra de São Pedro de Uberabinha. Nas proximidades do lugar escolhido para a construção da capela, havia um caminho denominado de “Estrada Salineira”, foi às margens deste caminho que se formou o primitivo núcleo urbano.

Quando o Arraial passou à sede do Distrito, a estrada recebeu o nome de Rua Sertãozinho, posteriormente Rua Tupinambás e, atualmente, denomina-se Rua José Ayube. Como o cotidiano das pessoas era pontuado pela vida religiosa, a Capela abrigava à sua volta uma faixa de terreno que ficou conhecido como “Campo Santo”, nele foram sepultados os primeiros habitantes da Vila.

As raízes da cidade estão em um bairro conhecido hoje por Fundinho. As pequenas e tortuosas ruas que entrecortavam o arraial se formaram ladeadas pela sequência de casas, quintais e antigos muros que emprestaram à geografia urbana o seu sentido.

Por volta de 1861, pouco tempo após sua inauguração, a capelinha foi ampliada e transformou-se na Matriz de Nossa Senhora do Carmo, abrigando até 1941 as principais atividades religiosas da cidade. Em 1943, após a inauguração da imponente Matriz de Santa Terezinha na Praça Tubal Vilela, ela foi demolida e, em seu lugar, foi construído um prédio para abrigar a Estação Rodoviária.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Iepha
Instituto Bardi
Iepha – Guia vol.1
Iepha – Guia vol.2
Aechidaily
UFU
Prefeitura Municipal
Wikipedia


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