Lambari – Antigo Cassino


Imagem: Iepha

O Antigo Cassino de Lambari-MG compõe uma série de edificações e benfeitorias construídas para a estação hidromineral pensadas pelo então prefeito Américo Werneck.

IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
Nome atribuído: Edifício do antigo Cassino
Localização: Av. Renato Nascimento, nº 1.051 – Lambari-MG
Resolução de Tombamento: Homologado em 14 de agosto de 2002

Descrição: O Cassino de Lambari compõe uma série de edificações e benfeitorias construídas para a estação hidromineral de Lambari, pensadas pelo então prefeito Américo Werneck. De 1909 a 1911, a pequena cidade foi transformada em um grande canteiro de obras para a construção do cassino, do instituto cirúrgico, do Parque das Águas, do lago, do embarcadouro, do edifício para alojamento dos barcos e do farol. A inauguração de todo o complexo ocorreu em 24 de abril de 1911, com festas que contaram com a presença do Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca, o Presidente do Estado Júlio Bueno Brandão, vários ministros, secretários, diplomatas, militares, políticos, religiosos e populares de classes sociais variadas. Américo Werneck arrendou o conjunto balneário em 1912, entretanto, problemas na conclusão das obras culminaram com uma ação judicial contra o Governo Estadual em 29 de julho de 1913. A disputa entre governo e Américo Werneck durou até 1922, quando o Presidente do Estado, Arthur Bernardes deu fim a questão. Todos os bens foram devolvidos ao Estado e passados à administração da Secretaria de Agricultura, Indústria, Terras, Viação e Obras Públicas. A principal benfeitoria do conjunto criado por Werneck em Lambari – o imóvel eclético denominado até hoje como “Cassino” – nunca chegou a funcionar com essa finalidade devido à ação judicial. Ao longo dos anos o imóvel abrigou várias funções, intercaladas por períodos de abandono e subutilização.
Fonte: Iepha.

Prefeitura Municipal de Lambari-MG
Nome atribuído: Conjunto Arquitetônico e Paisagístico representado pelo Castelo do Cassino do Lago, Lago Guanabara, Farol da Cascata, Cascata do Lago, Parque Wenceslau Braz e Parque Aquático adjacente – (15,3 ha)
Localização: Lambari-MG
Resolução de Tombamento: Deliberação n° 001/2000

Descrição: Obra prima de Américo Werneck, foi inaugurado em 24 de abril de 1911 pelo Presidente da República Mal. Hermes da Fonseca, com a presença do Governador do Estado de Minas Júlio Bueno Brandão.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: A origem de Lambari está ligada ao nascimento de outra cidade importante: Campanha. Desde o final do século XVII, a região entre o Rio Verde e o Rio Sapucaí foi explorada por aventureiros originários de Bandeira Paulista. Estes homens fixaram-se e exploraram o ouro e as pedras das “minas do Rio Verde”.
Procurando regularizar a exploração das riquezas minerais no território mineiro, o Governo da Capitania enviou ao local, o Ouvidor da Comarca do Rio das Mortes, Sr. Cipriano José da Rocha. No dia 02 de outubro de 1737, o Ouvidor fundou “um arraial em forma de vila”, mandando construir um rancho para si e ordenando aos outros componentes da expedição que fizessem o mesmo; abrissem ruas, praças e construíssem igrejas. Deu o nome ao lugar de arraial de “São Cipriano”.
O local se desenvolveu rapidamente. Em apenas quinze anos já era elevado à Freguesia, recebendo o nome de Campanha do Rio verde, modificado depois para Campanha da Princesa. À medida que crescia, Campanha assistiu ao surgimento, em seu território, de povoação que originaram várias cidades sul mineiras, entre elas, a de Lambari.
Todas as terras situadas às margens do Rio Lambari ficaram conhecidas como “região do Lambari”. Abrangiam os atuais municípios de Jesuânia e Lambari. A palavra ‘lambari’, deriva de ‘arambari’, que por sua vez, é o topônimo ‘araberi’, já modificado. De origem tupi, a palavra significa sardinha, peixinho, fazendo alusão a grande quantidade desta espécie de peixe, encontrada no rio.
A área onde, hoje, se localiza a cidade de Lambari fazia parte de uma grande fazenda, chamada “Fazenda de Trás da Serra”, de propriedade do campanhense Antônio Araújo Dantas. Segundo a tradição local, as nascentes teriam sido descobertas no início da década de 1780, por um grupo de caçadores, após a derrubada da mata que cobria o local.
Na edição do periódico “O Monitor Mineiro” de 25 de fevereiro de 1872, a fazenda de Antônio Araújo Dantas era assinalada como famosa, pela descoberta de “uma grota que a mataria ensombrava e onde o lacrimal borbulhante jazia a espera de quantos viessem experimentar-lhe a serventia”.
Depois de descobertas, as águas logo ganharam fama, atraindo visitantes de toda a província e de fora dela. A fazenda acabou tendo o nome modificado para “Fazenda das Águas Virtuosas”. Antônio de Araújo Dantas morre em 1812, deixando suas terras para a viúva e onze filhos. A partilha da fazenda demorou anos para ser realizada.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

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Iepha
Iepha – Guia vol.1
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Prefeitura Municipal


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