Conselheiro Lafaiete – Fazenda dos Macacos


Imagem: Prefeitura Municipal

A Fazenda dos Macacos, em Conselheiro Lafaiete-MG, foi tombada por sua importância cultural.

IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
Nome atribuído: Fazenda dos Macacos
Localização: Conselheiro Lafaiete-MG
Resolução de Tombamento: Decreto Nº 18.531, de 02 de junho de1977
Livro do Tombo Histórico, das Obras de Arte Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos

Descrição: A sede da fazenda dos Macacos foi construída por volta de 1748, por José da Costa Oliveira, avô do Barão de Pouso Alegre. Em sua sede nasceu e residiu o Conselheiro Lafaiete Rodrigues Pereira, tendo sido também propriedade do Barão do Pouso Alegre – Antônio Rodrigues Pereira – chefe da Revolução Liberal de 1842.
Fonte: Iepha.
Descrição: A fazenda dos Macacos situa-se dentro dos limites de Conselheiro Lafaiete (antiga Queluz de Minas). Está distante quatro quilômetros da estação de Buarque de Macedo e doze quilômetros da sede do município de Conselheiro Lafaiete. De acordo com J. Rodrigues de Almeida, em meados do século XVIII, na disposição de permanecer em Minas Gerais, confiante que a lavoura representava na rica região, solidez, José da Costa de Oliveira (avô do futuro Barão de Pouso Alegre) adquire bens de raiz como escravos, lavouras, terras e entre esses bens, comprou a Fazenda dos Macacos.
A fazenda foi herdada pelo caçula de José da Costa de Oliveira, conhecido como Capitão Felisberto da Costa Pereira. Dentre seus nove filhos, herdou a Fazenda dos Macacos, Antônio Rodrigues Pereira (o barão de Pouso Alegre), que de sua união com Clara Ferreira de Azevedo, tiveram dois filhos, Washington Rodrigues Pereira (grande jurista e político da região (grande jurista e político brasileiro). Antônio Rodrigues Pereira lutou contra Caxias na Revolução de 1842, ocasião em que foi condecorado. O tombamento da Fazenda dos Macacos deu-se em 1977 pois, além de ser uma fazenda centenária contendo uma vasta e riquíssima história, a família que ali viveu, foi de grande influencia política na região e Lafayette Rodrigues Pereira, de grande importância para o Brasil Império.
Quando D. Pedro II esteve em Queluz para inaugurar a Estação de Buarque de Macedo, parou na Fazenda dos Macacos para descansar e ali provou as deliciosas jabuticabas do pomar, ainda existentes. Em seu diário o Imperador relata:
“Descansei um pouco conversando com a família de Washington, filho do Coronel Pereira. Conversei com a mulher de Washington Pereira, filha do juiz Antônio Barbosa…” (…). … “O barão era homem alto, de olhos claros, muito enérgico, educado e de boa saúde.”
A origem do nome “Fazenda dos Macacos” ainda é um mistério, mas várias versões são apontadas como a real; uma justificativa para o nome seria a presença de muitos macacos atraídos pelas frutas da Fazenda. Outra seria a grande quantidade de escravos presentes na fazenda, uma possibilidade é comentada pela escritora D. Mariana Maria (neta de Lafayette), onde os portugueses eram chamados pejorativamente de macacos pelos brasileiros.
Enfim, tentaram em vão mudar o nome da fazenda para Fazenda da Constituição, Fazenda Pouso Alegre, mas a tradicional Fazenda dos Macacos se manteve através dos tempos e permanece ainda hoje aguardando a real justificativa de seu nome.
Por toda a sua história, curiosidades, vultos importantes e também por sua beleza arquitetônica que se faz merecer preservar, tão importante fazenda colonial, característica do Brasil Império, período onde conviviam escravos e famílias aristocráticas de Minas Gerais.
Atualmente na Fazenda dos Macacos onde funciona o restaurante foi transferido o Memorial do Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira, que se encontrava no Centro Cultural Maria Andrada Resende. Com a fundação do restaurante, o local está aberto à visitação pública e os freqüentadores têm trânsito livre por todos os cômodos e por toda a verdejante área externa da Fazenda.
O imóvel foi tombado pelo Estado e pelo Município.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Iepha
Iepha – Guia vol.1
Iepha – Guia vol.2
Prefeitura Municipal
Wikipedia


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