Bauru – Antigo Asilo Colônia Aimorés

Imagem: Condephaat

O Antigo Asilo Colônia Aimorés, em Bauru-SP, foi tombado por sua importância cultural.

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
Nome atribuído: Antigo Asilo Colônia Aimorés
Localização: Rod. Comandante João Ribeiro de Barros, Km 225/226, s/n – Distrito Industrial Marcus Vinícius Feliz Machado – Bauru-SP
Número do Processo: 28728/91
Resolução de Tombamento: Resolução 21 de 15/03/2016
Publicação do Diário Oficial: D.O.E. 17/03/2016, p. 314 e 315
Livro do Tombo Histórico: Nº inscr. 455, p. 137

Descrição: A história do tratamento da hanseníase em São Paulo demonstra como o imaginário sobre uma doença considerada repulsiva, imiscuído no conhecimento científico, foi capaz de impelir a ação do Estado e transformar as cidades paulistas nas primeiras décadas do século XX, marcando definitivamente a vida de milhares de pessoas até hoje. O patrimônio histórico referente à saúde pública e, em especial, o relacionado ao tratamento de doenças infectocontagiosas ainda não comportou um estudo aprofundado tampouco foi reconhecido apesar de sua representatividade social e cultural na história paulista. O Asilo Colônia Aimorés, enquanto componente de uma rede asilar, sintetiza em sua história o contexto político, social e cultural no qual se insere.
O Asilo Colônia Aimorés foi pioneiro das pesquisas relacionadas ao tratamento e à busca da cura para a hanseníase, constituindo uma referência mundial no assunto. O Asilo Colônia Aimorés abriga, atualmente, o Instituto “Lauro de Souza Lima”, que desempenha pesquisas na área de dermatologia e que possui um museu destinado a recuperar e a divulgar a memória da profilaxia da hanseníase no Estado de São Paul. A solicitação de tombamento de edificações do antigo Asilo Aimorés partiu da diretoria do Instituto “Lauro de Souza Lima”, mediante manifestação do Dr. Diltor V. A. Opromolla (médico mundialmente reconhecido na área de tratamento da hanseníase).
O interesse na preservação da memória do Asilo Aimorés persiste na atual direção do Instituto “Lauro de Souza Lima”, que propôs, inclusive, a ampliação do tombamento de modo a incluir elementos inexistentes nos outros asilos colônia remanescentes no Estado de São Paulo. Trata-se da possibilidade de estudar e preservar a memória de um passado doloroso individualmente que foi quase esquecido socialmente – porque indesejável.
Edifícios tombados do Asilo Colônia Aimoré: Igreja; Cassino; Coreto, Antigos Carville, Prédio da primeira igreja; Campo de futebol; Tribuna; Quadra poliesportiva; Tablado de danças; Bares; Prédios da antiga Diretoria e Administração; Portal formado pelos muros do antigo parlatório; Calçamento em mosaico português e antigo portal de entrada.
Perímetro: Polígono irregular, que se inicia junto à esquina da Rua Dr. Adolfo de Carvalho com a Avenida Correio da Noroeste; segue pela Rua Dr. Adolfo de Carvalho; deflete em ângulo de 90 graus a noroeste, junto à esquina desta rua com a via sem nome que limita o campo de futebol a nordeste; segue pela via sem nome até a projeção do portal formado pelos muros do antigo parlatório; deflete em ângulo de 90 graus a sudoeste na projeção do portal formado pelos muros do antigo parlatório; segue por esta projeção até o referido portal (incluindo este); cruza a Avenida Dr. Abilio Gomes; avança 25 (vinte e cinco) metros a partir do alinhamento do meio-fio até o edifício atualmente ocupado pela Sociedade Beneficente “Dr. Enéas de Carvalho Aguiar”; contorna os limites do muro do antigo parlatório; retorna à Avenida Dr. Abílio Gomes; segue pela Avenida Dr. Abílio Gomes; Rua Pedro Barbosa; Avenida Correio da Noroeste e segue por esta até o ponto inicial, conformando assim o perímetro.
Fonte: Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

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