Mariana – Capela de Santana


Imagem: Iphan

A Capela de Santana, em Mariana-MG, é uma das mais antigas. Segundo a tradição oral, sua origem remonta ao início do séc. XVIII.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Capela de Santana
Outros Nomes: Capela de Nossa Senhora de Santana
Localização: Mariana-MG
Número do Processo: 75-T-1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 262, de 08/09/1939

Descrição: Situada em uma pequena elevação, na parte baixa da cidade, a capela de Sant’Ana é uma das mais antigas de Mariana. Segundo a tradição oral, sua origem remonta aos primeiros anos do século XVIII. Foi nesta capela que se congregou inicialmente a Ordem Terceira de São Francisco de Mariana, transferida, mais tarde, para seu templo próprio. Diante das lacunas da documentação, não há como apontar a data da construção da capela. Pode-se, todavia, a partir do testamento do padre Matias Fernandes Afonso, datado de 7 de julho de 1744, no qual declarava a sua condição de pároco desta capela há cerca de vinte e quatro anos, concluir que ela já existia, em sua estrutura primitiva, em 1720. O mesmo documento faz alusão à Irmandade de Santana e à manutenção de um hospital anexo à capela, sob igual invocação, fundado pelo testador, podendo-se atribuir também a ele a iniciativa de construção da capela. Por outro lado, o historiador Salomão de Vasconcelos faz referência a uma petição dirigida à Câmara, datada de 1726, na qual se falava em esmolas pedidas para as obras da Capela de Sant’Ana.
Provavelmente a construção da capela de Sant’Ana não obedeceu a nenhum risco ou planta. Supõe-se, como ocorre em geral com as capelas do século XVIII, que sua construção nasceu da capela-mor para a fachada e desenvolveu-se à medida que se enriquecia o mineiro ou a irmandade que a levantou. Inicialmente, a capela era de adobe ou taipa, com molduras e cunhais de madeira, semelhantes aos do corpo do consistório. Como assinalou Epaminondas de Macedo, ao fundo, atrás do altar-mor, amontoavam-se santos e andores num espaço tão reduzido, que lá não pôde ficar a congregação da Ordem Terceira de São Francisco. Em 1799, a capela sofreu radical reforma, sendo arrematante das obras João Caldas Bacelar, antigo sócio e, talvez, discípulo de José Pereira Arouca.
Sua fachada foi inteiramente modificada, ganhando sua feição atual no que tange ao partido geral do frontispício e aos elementos de cantaria então introduzidos. O campanário que assentaram sobre a fachada principal já existia desde 1856 e teria substituído uma ou duas sineiras mais antigas, colocadas externamente à capela. Entre as inovações descaracterizantes realizadas de 1900 a 1905, figura o cômodo que posteriormente foi destinado à sacristia. Outras alterações foram realizadas provavelmente pela mesma época, que implicaram em acréscimo de escada, substituição do piso da capela-mor por ladrilhos e pintura interna. Em 1938 a capela passou por obras de restauração levadas a efeito pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atual IPHAN, então recentemente criado. As obras compreenderam a supressão da torre central e a demolição do cômodo construído entre 1900 e 1905, destinado à sacristia.
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.
Fonte: Iphan.

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Patrimônio de Influência Portuguesa


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