Ouro Preto – Casa Rústica


Imagem: SICG

A Casa rústica na R. Padre Pedrosa, em Ouro Preto – MG, foi construída em meados do séc. XVIII e teria sido propriedade de Antônio ou Joaquim Dutra.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Casa rústica, casa setecentista com terreno murado, na R. Padre Pedrosa
Outros Nomes: Casa à Rua Padre Pedrosa; Casa Amarantina
Localização: R. Padre Pedrosa, distrito de Amarantina – Ouro Preto – MG
Número do Processo: 472-T-
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 362, de 10/07/1963

Descrição: Situada na R. Padre Pedrosa, esta edificação foi construída em meados do século XVIII e, segundo consta, teria sido propriedade de Antônio ou Joaquim Dutra, minerador de Passagem de Mariana, depois proprietário de uma fazenda dita “da Pedra”, nas imediações de Lafaiete. Curiosamente, nesta cidade encontra-se exemplar semelhante ao de Amarantina, podendo-se tratar da primitiva sede da fazenda, depois transformada em estábulo…
O interesse maior dessa casa é o de corresponder a um exemplo típico da arquitetura paulista introduzida em Minas Gerais pelos bandeirantes, sabendo-se que muitos exemplares já desapareceram. É provável que inicialmente a casa fosse rural, envolvida mais tarde pela povoação. A única diferença desta casa das fazendas tipicamente paulistas do século XVIII é quanto ao sistema construtivo, uma vez que se trata de uma construção de alvenaria de pedra. No mais, planta, fachada e detalhes, apresentam semelhança total.
A edificação mostra planta quadrada, sistema misto de alvenaria de pedra com estrutura dos vãos de madeira e paredes divisórias de taipa de sebe, telhado em quatro águas, varanda aberta apoiada sobre duas colunas de madeira, entalada entre dois cômodos, formando um frontispício simétrico. Possui janelas pequenas e praticamente quadradas e de verga bastante distanciada do frechal. O telhado é elevado, possivelmente utilizado como depósito. O galbo do contrafeito é bastante acentuado na frente pela largura da varanda. A edificação possui amplo salão e cinco quartos, com puxado para a cozinha. O piso deve ter sido de tabuado. As janelas da sala, de peitoris, rasgadas por dentro com conversadeiras, folhas de calha e padieiras de peças justapostas, abrem-se para a varanda. As duas janelas dos cômodos da varanda são guarnecidas por balaústres de seção quadrada colocados em ângulos.
Texto extraído de: CARRAZZONI, Maria Elisa. Guia dos Bens Tombados. 1980. SOUZA, Wladimir Alves de. Guia dos Bens Tombados. Minas Gerais. 1984.
Fonte: Iphan.

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