Blumenau – Museu da Família Colonial


Imagem: Iphan

A edificação do Museu da Família Colonial, em Blumenau-SC, foi construída em enxaimel. Foi residência do comerciante e cônsul Victor Gaertner.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Edificações e Núcleos Urbanos e Rurais relacionados com a imigração em Santa Catarina – Museu da Família Colonial
Localização: Al. Duque de Caxias, 78 – Centro – Blumenau-SC
Número do Processo: 1548-T-2007
Livro do Tombo Histórico: Inscrito em 09/2015
Santa Catarina – Roteiros Nacionais de Imigração

FCC – Fundação Catarinense de Cultura
Nome atribuído: 
Museu da Família Colonial
Número do Processo: 
015/1992
Decreto de Tombamento:
 n° 1.294, de 29/10/1996.

Descrição: Este espaço cultural preserva pertences do fundador, colonizadores e famílias que moraram em Blumenau ao longo da sua história. No seu interior, encontram-se mobiliários, vestimentas, acessórios, utensílios de uso doméstico e maquinários, totalizando um acervo de 6.200 peças. Nos fundos do complexo do Museu, localiza-se o horto florestal. Neste espaço, encontram-se árvores plantadas pelo fundador da cidade e um Cemitério de Gatos. O complexo museológico é ainda formado por outra casa, de 1858, antiga propriedade de Hermann Wendeburg, secretário e guarda-livros do fundador da colônia. Com o falecimento de Hermann Wendeburg, foi adquirida pelo imigrante Paulo Schwartzer. A última herdeira, Renata Rohkohl Dietrich, a doou com usufruto à municipalidade em 1964 (Registro no 2º Tabelião de Notas, Livro 130, fls.144/145V). Com o seu falecimento em 1997, a casa foi incorporada ao patrimônio da FCB. É tombada em nível estadual como Patrimônio Histórico pela Lei nº 1.294, de 29 de outubro de 1996.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Localizada na antiga sede colonial, foi construída em 1864, em um dos primeiros lotes demarcados na antiga Colônia Blumenau.
A edificação, sob a técnica construtiva enxaimel, foi propriedade da família Gaertner, sendo residência do comerciante e cônsul da Alemanha em Blumenau, Victor Gaertner.
Victor Friedrich Bruno Gaertner era filho de Friedrich Gaertner e Emilie Blumenau, e sobrinho do Dr. Blumenau. Veio para Blumenau e se casou com Rosalie Julie Auguste Sametski, conhecida por Rose Gaertner com quem teve 8 filhos.
A última moradora da edificação, Edith Gaertner, filha de Victor e Rose Gaertner, doou ao município a casa, sendo de sua vontade que seu acervo de objetos da família viessem a constituir um Museu.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do bairro: O bairro Centro foi criado pela Lei nº. 717, de 28 de abril de 1956, pelo Prefeito Frederico Guilherme Busch Junior. O surgimento da cidade deve-se ao Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau, que vindo da Alemanha, em 1848, subiu o rio Itajaí-Açu, onde explorou os ribeirões Garcia e Velha e os rios do Testo e Benedito, acompanhado do caboclo canoeiro Ângelo Dias.
Já existiam alguns moradores distribuídos pelo Garcia, Velha e Ponta Aguda, conhecido, por alguns, como Capim Volta. Muitas dificuldades surgiram durante a implantação da Colônia, como a contratação dos imigrantes na Alemanha, os difíceis meios de transporte, os enfrentamentos com os silvícolas, os ataques de feras, as cobras venenosas e as inundações periódicas que destruíram estradas, casas, agricultura e pecuária.
Em 2 de setembro de 1850, chegaram pelo rio os primeiros 17 imigrantes que se instalaram provisoriamente às margens do ribeirão da Velha e depois foram alocados para galpões construídos de ripas de palmitos próximos à desembocadura do ribeirão Garcia.
A marcação dos Lotes Coloniais se iniciou em 28 de agosto de 1852, em direção ao Garcia, pertencendo o lote nº. 1 ao Dr. Blumenau. Sua casa de alvenaria, em estilo enxaimel, foi construída em 1864 e abriga hoje o museu da Família Colonial.
Os lotes da povoação, em número de 15, eram menores que os coloniais, que mediam entre 25 a 30 hectares. Sempre eram reservados áreas para estabelecimento de igreja, cemitério e escola a cada distância de 8 a 10 quilômetros.
No dia 22 de agosto de 1852, chega a Blumenau o Dr. Fritz Müller, o irmão e familiares que haviam desembarcado em São Francisco do Sul. Eles adquiriram um lote cada às margens do ribeirão Garcia.
À medida que eram abertas as picadas, que deram origens às primeiras ruas, os lotes iam sendo demarcados e ocupados, a partir dos ribeirões e do rio Itajaí-Açu. No ano de 1864, estavam demarcados cerca de 630 lotes e ocupados por 2.027 habitantes.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A implantação da Colônia de Blumenau no ano de 1850 gerou uma das primeiras manifestações da arquitetura dos imigrantes alemães no atual Estado de Santa Catarina. Após alguns anos de luta pela implantação da colônia, iniciou-se um processo construtivo que marca até hoje na arquitetura local: a casa enxaimel. É por meio dessa arquitetura que os imigrantes alemães introduzem uma técnica única em todo o país, marcando esse período com singularidade e admirável beleza.

É pela sua aparência externa, marcada pela técnica construtiva, que os exemplares chamam a atenção. A cobertura bem inclinada em telhas claras, a armação em vigas escuras, as paredes de tijolos aparentes e as molduras das portas e janelas em branco contribuem para dar um encanto especial a essas casas simples e despretensiosas. Apesar da técnica ter sido aplicada largamente nas primeiras décadas, atualmente, na área urbana, esse tipo arquitetônico tornou-se uma raridade.

A maior parte dos exemplares enxaimel estão localizados nas áreas rurais de Blumenau e municípios vizinhos, onde essa arquitetura se difundiu ainda mais e permanecem preservadas. Após esse primeiro período, até o fim do século XIX, Blumenau passou por uma grande mudança em sua arquitetura. As pequenas e singelas casas começam a ser substituídas por edificações maiores, com dois pavimentos e estrutura em alvenaria auto portante, representando uma arquitetura mais refinada, mais confortável, que procura refletir o sucesso da colônia e os anseios da época pelo progresso.

Na Rua XV de Novembro, a principal rua no centro da cidade, existe um conjunto de edificações singulares dessa época.
Fonte: FCC.

CONJUNTO:
Blumenau – Museu da Família Colonial
Blumenau – Residência Dietrich
Blumenau – Casa de Hermann Blumenau

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
Prefeitura Municipal
Dossiê de Tombamento – Roteiro Nacional da Imigração – vol. 1
Dossiê de Tombamento – Roteiro Nacional da Imigração – vol. 2
Prefeitura Municipal
Seplan
UDESC
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2 comments

  1. darcy Hugo Brandt |

    Por gentileza, estou procurando descendentes da família LEU que vieram para Blumenau a bordo de um navio.
    A quem devo me dirigir para obter maiores informações?

    1. Equipe iPatrimônio |

      Boa noite,
      Sugerimos que entre em contato com o Museu da Família Colonial pelo telefone (47) 3381-7516.
      Atendimento de terça a domingo, das 10h às 16h.
      Atenciosamente,
      Equipe iPatrimônio

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