Bagé – Igreja Matriz de São Sebastião


Imagem: Google Street View

A Igreja Matriz de São Sebastião, em Bagé – RS, possui planta central, nave única e duas torres cobertas com cúpulas em forma de bulbo e foi concluída em 1863.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja Matriz de São Sebastião
Localização: Praça Carlos Telles – Bagé – RS
Número do Processo: 337-T-1944
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 306, de 17/01/1955
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: A primeira matriz foi construída no local em 1820 e concluída em 1830. Em 1859, a comunidade decidiu construir uma nova igreja e contratou o arquiteto italiano José Obino. A edificação possui planta central, nave única e duas torres cobertas com cúpulas em forma de bulbo e foi concluída em 1863. Durante a Revolução Federalista (1893 a 1895), no episódio que ficou conhecido como ‘Cerco a Bagé, a igreja foi usada como hospital e suas paredes externas ficaram cravejadas de balas. A Revolução Federalista teve início no Rio Grande do Sul, motivada por insatisfações com o governo de Julio de Castilhos, envolvendo, também, opositores de Deodoro da Fonseca – que fechara o Congresso Nacional em novembro de 1891 – e seu sucessor, Floriano Peixoto, em Santa Catarina, Paraná e no Rio de Janeiro. Os rebeldes federalistas – assim intitulados por sua vinculação com o Partido Federalista e conhecidos, também, como maragatos – formavam um grupo heterogêneo, liderado por Gaspar Martins e João da Silva Tavares. Mal armados, recorreram à guerra de movimento, enfrentando os republicanos – conhecidos como pica-paus – que reuniam efetivos do exército e da Brigada Militar. Em novembro de 1893, liderados por Joça Tavares, cerca de 3 mil federalistas atacaram Bagé, cercando um efetivo do Exército e provocando o abandono da cidade por uma população estimada em 20 mil pessoas. Sob o comando do coronel Silva Telles, os republicanos montaram trincheira na Praça da Matriz, resistindo ao cerco por 47 dias. A notícia de que dois efetivos do Exército se aproximavam de Bagé para socorrer os republicanos fez com que os federalistas se retirassem. Com cerca de 10 mil mortos, a Revolução Federalista foi um dos mais sangrentos conflitos civis já ocorridos no país, tornando-se famosa por ter popularizado a degola.
Fonte: Iphan.

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