Rio de Janeiro – Parque Nacional da Tijuca e Florestas


Imagem: beckstei

O Parque Nacional da Tijuca e Florestas, em Rio de Janeiro-RJ, foi tombado por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Parque Nacional da Tijuca e Florestas de proteção acima das cotas de oitenta e cem metros
Localização: Alto da Boa Vista e outros bairros – Rio de Janeiro – RJ
Número do Processo: 762-T-1962
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 42, de 27/04/1967

Descrição: Constitui a parte mais importante da Serra da Tijuca ou Carioca. Esta serra ora se estende à beira-mar, formando faixas estreitas de praia ou de restingas, ora cria vales profundos entre seus espigões, que foram sendo ocupados sucessivamente ao correr do desenvolvimento urbano. Caracterizam o acervo natural tombado alguns penhascos de encostas abruptas, grandes moles de gnaise e encostas e vales recobertos por densas florestas, nativas ou reorganizadas pelo homem. Como elementos dominantes sobrelevam-se o Corcovado, os Dois Irmãos, a Pedra da Gávea, o Pico do Papagaio, o do Andaraí, o Pico da Tijuca, a Pedra do Conde, entre muitos.
A Floresta da Tijuca não é a original. É resultado em parte de reflorestamento de zonas cafeeiras, a partir de 1860, com o objetivo de recuperar os principais mananciais de água que abasteciam a cidade. Isto porque, durante os séculos XVII e XVIII as matas foram praticamente devastadas para dar lugar a diferentes plantações, principalmente de café. Em conseqüência, as nascentes dos rios foram prejudicadas pelo desmatamento e o abastecimento d’água à sede da Colônia tornou-se crítico.
No início do século XIX, o Governo Real proibiu pela primeira vez a derrubada de mata nos mananciais dos Rios Paineiras e Carioca, localizados na região e principais responsáveis pelo fornecimento de água à cidade. Esta iniciativa não surtiu os efeitos desejados e a crise da água agravou-se. Somente em meados do século, o Governo Imperial tomou medidas mais drásticas, iniciando a desapropriação de terras particulares, com o objetivo de proteger e recuperar os mananciais, além da execução de diversos reservatórios próximos aos mesmos. A iniciativa de maior repercussão foi, sem dúvida, o reflorestamento da região devastada. A empreitada foi iniciada em 1861, sob a condução do Major da Guarda Nacional Manoel Gomes Archer e do Administrador Thomás Nogueira da Gama.
Enquanto o Major Archer recuperou as matas da região da Tijuca, Thomás da Gama reflorestou as matas da região do Sumaré e das Paineiras, na qual se localizavam o manancial e o aqueduto do Rio Carioca, ambos sob sua responsabilidade administrativa. Durante os 13 anos de atuação do Major Archer foram plantadas cerca de 80 mil mudas de variadas espécies de árvores exóticas e nativas. Em 25 anos de administração, Thomás da Gama plantou 20 mil mudas de árvores, além de ter ampliado e melhorado a rede de trilhas e caminhos de acesso ao Silvestre, às Paineiras e ao Corcovado, contribuindo para aumentar o número de visitantes na região durante aquele período.
Em 1874, o Coronel Gaston de Robert d’Escragnolle assumiu a tarefa de cuidar da floresta da Tijuca, tendo como colaborador o botânico e paisagista francês Auguste François Marie Glaziou. O trabalho da dupla durou até o ano de 1888 e voltou-se principalmente para o embelezamento da área, que recebeu jardins de estilo francês, pontes lagos e mirantes. Ainda assim, foram plantadas mais de 35 mil mudas, no período. Após o esforço realizado pelo Império no final do século XIX, a floresta enfrentou quase meio século de abandono. Somente em 1944 a atividade de recuperação e manutenção sistemática da cobertura vegetal foi retomada, sob a supervisão do industrial e “mecenas” Raymundo Ottoni de Castro Maia, que com o auxílio do paisagista Roberto Burle Marx, moldou a feição atual do Parque.
O Parque Nacional da Tijuca foi criado em 1961, sob o nome de Parque Nacional do Rio de Janeiro, tendo recebido a atual denominação em 1967. Na década de 70, a direção do Parque promoveu o repovoamento da fauna das matas, com a integração de espécies animais que haviam desaparecido.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Secretaria de Estado de Cultura
ICMBio
Site da instituição
Wikipedia


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.