Rio de Janeiro – Jardim Botânico


Imagem: Google Street View

O Jardim Botânico, em Rio de Janeiro-RJ, foi tombado por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Jardim Botânico (Especificadamente o Portão da Antiga Fábrica de Pólvora e o Pórtico da Antiga Academia Imperial de Belas Artes)
Localização: R. Jardim Botânico, nº 1008 – Rio de Janeiro-RJ
Número do Processo: 157-T-1938
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 2, de 30/05/1938

Descrição: A mudança da Família Real Portuguesa para o Brasil, em 1808, trouxe, entre outros benefícios, a fundação de uma Fábrica de Pólvora, no antigo Engenho de Cana de Rodrigo de Freitas. Encantado com o local, D. João VI, por decreto de 13.06.1808, mandou que ali se promovesse a aclimação e cultivo de especiarias, vindas da Índia. O primeiro nome do Jardim Botânico, Aclimação, foi transformado em Real Horto pelo citado decreto, que logo depois, ao ser coroado D. João VI como rei do Reino Unido de Portugal e Brasil, passou a se chamar Real Jardim Botânico, hoje Jardim Botânico.
Seus primeiros diretores foram o Marquês de Sabará e o Marquês de Queluz e, em 1824, Frei Leandro de Sacramento, seu diretor, na época, mandou construir um lago artificial, cuja terra retirada seria também para a feitura de um cômodo onde se ergueu a Casa dos Cedros. Ao lado desse monumento, há um relógio de sol e uma mesa de granito onde D. Pedro I e D. Pedro II costumavam merendar quando visitavam o Jardim e, por esse motivo, tomou o nome de mesa do Imperador. Em 1842, foram plantadas as palmeiras das aléias principais, originárias todas elas de mudas de Palma-mater, plantada pelo próprio D. João VI, em 1809. A famosa Palma-mater ou Palmeira real é o marco do Jardim Botânico. Juntamente com outras mudas de espécies variadas, foi ofertada ao Príncipe D. João VI, por Luiz de Abreu, um português que, a caminho do Brasil, naufragou em Goiás. Já na época da República, em 1890, seu Diretor, João Barbosa Rodrigues, inaugurou uma nova fase no Jardim Botânico, com uma série de melhorias, entre elas a criação da Biblioteca, da Estufa, do Herbário, além de incentivar uma nova abertura à pesquisa científica. Em maio de 1971, passaram a integrar o Jardim Botânico os 83 hectares do Horto Florestal da Gávea que assim viu aumentada para 141 hectares (1.400.000 m²) sua área de administração, então vinculada ao Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal/IBDF.
Destacam-se no parque o antigo pórtico da Imperial Academia de Belas Artes, de feição neoclássica e obra de Grandjean de Montigny transportado para lá após a demolição do edifício, e as duas estátuas de bronze do antigo Chafariz das Marrecas, a ninfa Eco e o caçador Narciso, do mestre Valentim.
Fonte: Iphan.

MUSEU DA CASA DOS PILÕES: o Museu da Casa dos Pilões está situado em área do Jardim Botânico. O prédio que abriga suas instalações, data de 1800 e fazia parte do antigo Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa.
Com a transferência da Corte Portuguesa para o Brasil, uma das providências de Dom João VI, foi a criação de uma Fábrica de Pólvora, tendo em vista que o fornecimento de suprimentos bélicos, para os territórios de ultramar, encontrava-se interrompido pelo cerco napoleônico a Portugal. O decreto de 13 de maio de 1808 criou, então, no Brasil a Real Fábrica de Pólvora, bastante assemelhada a que existia em solo português; as orientações técnicas para sua instalação foram ditadas pelo Brigadeiro Carlos Antônio Napion que foi primeiro diretor. Em curto espaço de tempo a fábrica já era responsável pela produção do explosivo que abastecia o mercado brasileiro.
Casa dos Pilões, ficou sendo a denominação, mais simples, para a “Oficina do Moinho dos Pilões”, na realidade, um dos setores da Real Fábrica de Pólvora, e local onde se realizava a compactação da mistura de salitre, enxofre e carvão, em grandes almofarizes de madeira. Em 1826, a Fábrica de Pólvora foi desativada e transferida para a Vila Inhomirim, na Raiz da Serra, e inaugurada em 1831. A utilização da Casa dos Pilões depois deste período, foi variada, servindo inclusive, como residência do naturalista João Geraldo Kuhlmann, no período de 1944 a 1951, quando foi diretor do Jardim Botânico. Entre 1962 a 1974 o local sediou o Museu Botânico Kuhlmann. Depois de passar por grande reforma, a Casa dos Pilões, foi reaberta ao público, abrigando agora o Sítio Arqueológico Casa dos Pilões, resultado dos trabalhos de restauração e pesquisa que permitiram trazer a público, fragmentos e restos de utensílios que registram as diversas fases de sua ocupação ao longo do tempo.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS 1
PANORAMA 360 GRAUS 2
PANORAMA 360 GRAUS 3
PANORAMA 360 GRAUS 4

VÍDEO:

Fonte: Iphan/RJ.

MAIS INFORMAÇÕES:
Secretaria de Estado de Cultura
Site da instituição
Patrimônio de Influência Portuguesa
Wikipedia


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