Sabará – Igreja de Sant’Ana


Imagem: Iphan

A construção da Igreja de Sant’Ana, em Sabará-MG, data da metade do séc. XVIII em alvenaria de pedra.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja de Sant’Ana
Outros Nomes: Capela de Santana
Localização: Distrito de Arraial Velho – Sabará – MG
Número do Processo: 408-T-1949
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 365, de 09/05/1950
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: Não foram encontrados elementos documentais sobre a instituição e construção da capela, sabendo-se somente que pertenceu por muito tempo à freguesia de Raposos. Sua construção data, presumivelmente, da metade do século XVIII, uma vez que a alvenaria de pedra empregada na sua estrutura, não é comum às edificações religiosas das primeiras décadas daquele século. Outra indicação importante é a informação dada pelo historiador Diogo de Vasconcelos que, ao visitar a capela em 1898, encontrou gravada na portada a data de 1747, que muito provavelmente refere-se à época de conclusão das obras. Reforça essa hipótese, a data de 1759 inscrita no sino ainda hoje existente na sineira do adro e fundido em Sabará. Em 1822, a igreja encontrava-se bem paramentada, conforme deixou documentado Dom Frei José da Santíssima Trindade, por ocasião da sua visita pastoral. Entretanto, em 1898, ano em que foi visitada por Diogo de Vasconcelos, apresentava estado físico precário, restando coberta apenas a capela-mor. Essa situação de descaso e abandono permaneceu até 1950, quando. tombada pelo IPHAN, teve reconstituídos o seu frontispício, a cobertura e as paredes da nave, que internamente foram conservadas sem revestimento, com sua alvenaria de pedras de canga à vista.
A capela de Sant’Ana apresenta planta composta de duas secções retangulares, a primeira correspondente à nave, e a segunda à capela-mor e sacristia, esta, em cômodo que se projeta lateralmente. Possui estrutura de alvenaria de pedra, cobertura de telhas curvas, em duas águas, e beirais em cimalha de massa. O frontispício é simples, marcado por cunhais em alvenaria de pedra, vãos em verga de arco abatido e enquadramento em cantaria, porta principal almofadada em belo desenho e encimada por ornato em cantaria. À altura do coro, encontram-se duas janelas e sob o ângulo e a cruz da cumeeira, pequeno óculo em rosácea. Não possui torres. O adro é circundado por muro de pedra, com uma sineira em suporte de madeira.
Internamente, a nave é composta por paredes em alvenaria de canga, sem revestimento, o que confere um aspecto de austeridade à capela, teto de telhas vãs com engradamento aparente. O arco-cruzeiro é em cantaria simples, que se repete no suporte do púlpito inacabado e na pia batismal. A capela-mor possui um único retábulo em talha policromada em tons claros, realçada por elementos em dourado, no estilo D. João V evoluído. O retábulo é enquadrado por pilastras com desenho floral e colunas de terço inferior liso e fuste torso, ladeado por nichos com decoração em conchas, e quartelões com escultura de anjos em relevo. A tribuna do trono apresenta perfil recortado em desenhos e sacrário com ornatos esculpidos em meio relevo. O coroamento do altar é em dossel, com arremates em volutas e figuras de anjos. O frontal do altar mostra talha decorada em ramagens. Quanto à imaginária, cabe destacar algumas peças de boa qualidade como o conjunto composto por Sant’Ana, São José e São Joaquim, dispostos no trono da padroeira, duas imagens da Virgem e uma bela imagem de São Miguel Arcanjo. Na sacristia encontra-se antigo oratório, contendo a imagem de Sant’Ana Mestra, com interessante pintura interna de caráter ingênuo.
Texto extraído de: BARROCO 8
Fonte: Iphan.

Descrição: Situada no Arraial Velho, datação provável de 1747. Possui altar-mor no estilo da segunda fase do Barroco em Minas. Possui revestimento interno em pedra de canga à vista. Manuel de Borba Gato foi o primeiro a encontrar ouro nas margens do rio das Velhas e manteve, por muitos anos, lavra no Arraial Velho de Sant’Ana. No adro, o sino traz a inscrição 1759. Na parte interna o retábulo tem talha no estilo D.João V. Predominam os tons claros. O coroamento do retábulo é em dossel, com figuras de anjos, distinguindo-se interessante configuração da Santíssima Trindade (figuras do Pai, do Filho e a do Espírito Santo), sem haver contato entre as três figuras.
A visitação deve ser agendada.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Fonseca, Menezes, p. 48
Patrimônio de Influência Portuguesa


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