Fortaleza – Antiga Assembléia Provincial


Imagem: Nakinn

A Antiga Assembléia Provincial, em Fortaleza-CE, teve construção iniciada em 1856 e concluída em 1871. Projeto: arquiteto Adolpho Herbster.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Antigo edifício da Assembléia Provincial, atual sede da Assembléia Legislativa Estadual
Localização: Fortaleza-CE
Número do Processo: 863-T-1972
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 440, de 28/02/1973
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 502, de 28/02/1973
Uso Atual: Academia Cearense de Letras; Museu do Ceará (2017).

Descrição: Construído para abrigar a sede da Assembléia da antiga Província do Ceará, teve sua construção iniciada em 1856, e concluída em 1871. Presume-se que sua autoria seja do arquiteto Adolpho Herbster, o qual dirigiu os trabalhos de execução da construção. Nele foram discutidos e votados os atos que permitiriam a Abolição da Escravidão na Província, em 1884, quatro anos antes que o resto do país. O prédio foi tombado em 1973, quando ainda era sede da Assembléia Legislativa do Estado. Em 1977, com a mudança da Assembléia para outro local, o edifício foi cedido para a Academia Cearense de Letras. A construção é formada por por um edifício em dois pavimentos, possuindo frontão e arquivolta em cantaria, que orna a porta principal, a qual é feita em madeira e apresenta formato almofadado na sua decoração. A porta é precedida por um pórtico formado por quatro colunas em pedra de lioz. O pórtico sustenta um balcão e uma balaustrada, para qual se abrem três janelas. Há, na fachada principal, um frontão triangular com o brasão republicano. A fachada principal, bem como a esquerda e a direita, apresentam janelas em arco pleno, possuindo as do piso superior, balcões em ferro trabalhado. As fachadas da construção são laminadas.
Fonte: Iphan.

Histórico do município: Capitania dependente, o Ceará teve a sua formação econômica iniciada no século XVII com a pecuária, para fornecer carne e tração à economia açucareira estabelecida na Zona da Mata. E Fortaleza, fundada em 13 de abril de 1726, ficou à margem.

Nessa fase, a cidade primaz era Aracati. Icó, Sobral e Crato também ocupavam o primeiro nível na hierarquia urbana no final do século XVIII. Ao contrário de Aracati, de Icó e de outras vilas setecentistas fundadas nas picadas das boiadas, Fortaleza achava-se longe dos principais sistemas hidrográficos cearenses – as bacias dos rios Jaguaribe e Acaraú – e, portanto, à margem da atividade criatória, ausente dos caminhos por onde a economia fluía no território.

Por todos os setecentos, a vila não despertou grandes interesses do Reino, não tendo desenvolvido qualquer atividade terciária. Mas, em 1799, coincidindo com o declínio da pecuária (a Seca Grande de 1790-1793 liquidou com a atividade), a Capitania tornou-se autônoma, passando a fazer comércio direto com Lisboa, através, preferencialmente, de Fortaleza, que se torna a capital.

De 1808 em diante, com a abertura dos portos, o intercâmbio estendeu-se às nações amigas e, em especial, à Inglaterra, para onde o Ceará fez, em 1809, a primeira exportação direta de algodão.

Como capitania autônoma, o Ceará ingressava então na economia agroexportadora. O viajante inglês Henry Koster, que, exatamente nessa época (1810), visitou Fortaleza, não a enxergava com otimismo: “Não obstante a má impressão geral, pela pobreza do solo em que esta Vila está situada, confesso ter ela boa aparência, embora escassamente possa este ser o estado real dessa terra. A dificuldade de transportes (…), e falta de um porto, as terríveis secas, [todos esses fatores] afastam algumas ousadas esperanças no desenvolvimento da sua prosperidade”.

Em 1822, com o Brasil independente, o Ceará passou a província; no ano seguinte, a vila de Fortaleza foi elevada a cidade, o que robusteceu o seu papel primaz, dentro já da política de centralização do Império. As propriedades agropecuárias da província, a principal riqueza de então, pertenciam a pouco mais de 1% da população livre. Dado que a Lei de Terras, de 1850, só fez contribuir para a concentração fundiária, estavam fincadas então as bases das desigualdades de renda e riqueza que, embora em menor proporção, observam-se até os dias atuais no Ceará e em Fortaleza.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

VÍDEO:

Fonte: TV Brasil.

MAIS INFORMAÇÕES:
Iphan
Fundaj
Abreu de Souza
Patrimônio de Influência Portuguesa
Wikipedia


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