Monte Santo – Acervo Natural, Paisagístico, Urbanístico e Arquitetônico


Imagem: Maria Hsu

O Acervo Natural, Paisagístico, Urbanístico e Arquitetônico, em Monte Santo-BA, situa-se no sopé da Serra do Piquaraçá, em meio à planície arenosa que descamba em suave declividade para o vale do rio Itapicuru.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Acervo Natural, Paisagístico, Urbanístico e Arquitetônico da Serra do Monte Santo, antiga Serra do Piquaraçá, com destaque para o Santuário de Santa Cruz, constituído pelas suas 25 capelas, cuja preservação é extensiva aos bens de arte sacra e devocional
Outros Nomes: Parque Monte Santo, BA
Localização: Monte Santo-BA
Número do Processo: 1060-T-1982
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 85, de 21/06/1983

Descrição: Monte Santo situa-se no sopé da Serra do Piquaraçá, em meio à planície arenosa que descamba em suave declividade para o vale do rio Itapicuru, distando cerca de 290 Km de Salvador, a uma altitude de 490 metros acima do nível do mar. A área protegida abrange toda a Serra do Piquiraçá a partir da cota 500, incluindo a rua Senhor dos Passos, onde se inicia a Via Sacra. Freguesia criada em 1790, a antiga Vila do Coração de Jesus do Monte Santo é um lugar lendário, citado nas inúmeras crônicas dos antigos bandeirantes e seus roteiros, tendo-se erguido em terras que faziam parte do Morgado da Casa da Torre de Garcia d’Ávila. A origem do Santuário de Santa Cruz do Monte Santo deve-se ao Frei Apolônio de Toddi, um capuchinho que missionava na região e, em 1785, achando o topo da serra que domina a paisagem daquela área semelhante ao Calvário de Jerusalém, tratou de erguer uma capelinha de madeira e os passos. Em 1791, as obras estavam concluídas. Ao longo de 1.969 metros da Via Sacra, as primitivas cruzes de madeira deram lugar a 25 capelas que abrigam imagens de grande devoção popular, estando no alto o santuário. O conjunto possui grande beleza paisagística e simbólica, aliando o natural ao cultural, sendo um dos maiores marcos dos movimentos religiosos no Nordeste e o segundo “sacromonte” reconhecido no Brasil. As vinte e cinco capelas possuem planta quadrada coberta por telhado de quatro águas que, articulando-se ao longo do percurso, transpõem para o continente americano o universo místico do homem do campo português, conciliando a adoção de modelos eruditos com uma ornamentação singular. As capelas do Calvário e das Dores são mais elaboradas e resultado de modificações e acréscimos posteriores. Destaca-se, ainda no conjunto, a coleção de ex-votos ofertados por peregrinos ao longo de quase duzentos anos.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
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Monumenta, p. 249
Prefeitura Municipal
Wikipedia


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