Salvador – Igreja de São Miguel


Imagem: Google Street View

A Igreja de São Miguel, em Salvador-BA, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja de São Miguel
Localização:
R. Frei Vicente (Ladeira de São Miguel), s/n – Pelourinho – Salvador-BA
Número do Processo: 89-T-1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscrito em 05/1938

Descrição: Situa-se próxima do Centro Histórico de Salvador, em sítio tombado pelo IPHAN (GP-1), que inclui áreas de sub-distritos da Sé e Passo. Sua vizinhança é constituída por casas e sobrados, em sua maioria do século XIX, hoje degradados e em grande parte transformados em casas de cômodos. A residência anexa à igreja (séc. XVIII), lado esquerdo, integra-se plasticamente à mesma e deve ser preservada.
Edifício de notável mérito arquitetônico, a despeito de suas pequenas dimensões. Fachada de composição clássica com frontão triangular. Belo portal formado por pilastras com caneluras que sustentam frontão em volutas, tendo ao centro nicho com imagem da Virgem. Na parte superior da fachada existe um painel de azulejos policromados, com emblema da Ordem 3ª. de São Francisco, composto no gosto rococó e proveniente de Lisboa (Ca 1780/90). Dentre a imaginária, destacam-se as imagens do Cristo na Cruz e S. Miguel.
Igreja com corredores laterais e superpostas, disposição típica das igrejas da época (início do século XVIII). Estes elementos se incorporam harmoniosamente ao corpo da igreja, tanto em planta quanto em elevação, como atesta a unidade da fachada. Não possui torres sineiras flanqueando o corpo central, que são características das fachadas baianas do mesmo período. Devido à condição topográfica local, o fundo da capela serve de arrimo ao morro vizinho. Sua frontaria, conjuntamente com as da Igreja de São Lázaro, Matriz e Ordem Terceira do Carmo de Cachoeira, são dos mais antigos exemplares baianos de fachada com frontão triangular clássico e janelas terminadas por vergas retas simples. Seu portal parece ter inspirado o da Capela do recolhimento dos perdões.
Fonte: IPAC-BA.

Histórico arquitetônico: A construção desta igreja, que remonta ao início do século XVIII, se deve a Francisco Gomes do Rego, que a levantou sob a invocação do Senhor Bom Jesus de Bouças Crucificado da Via Sacra e São Miguel;
1725 – Iniciam-se os exercícios públicos da via Sacra na igreja;
1732 – A data inscrita sobre a fachada indica, sem dúvida, a conclusão da igreja;
1744 – A igreja, juntamente com a casinha anexa, doada pelo fundador à Ordem 3ª. de São Francisco, com o compromisso que esta mandasse rezar anualmente, sete missas votivas;
1842 – Obras compreendendo: ladrilhamento da igreja, colocação de três soleiras de cantaria, encarnação de imagens e execução de alguns castiçais por João Nunes da Mota;
1854 – A Mesa decide retirar a velha imagem do Senhor de Bouças a alí, colocar o Crucificado, pertencente à igreja da Ordem 3ª. de São Francisco. No mesmo ano, decide-se que a imagem deveria retornar, ficando no sepulcro do altar. José Ciríaco Xavier de Menezes encarna a imagem de Cristo e Francisco Pio de Melo pinta o túmulo para receber a imagem do Senhor de Bouças;
1886 – Edifica-se uma muralha para segurança e sustentação dos terrenos em que se acha construída a igreja;
1915 – Em 03.X coloca-se uma placa no interior da igreja, em homenagem à memória de Francisco Gomes do Rêgo.
Fonte: IPAC-BA.

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